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Estudante brasileiro fica com a primeira colocação na Olimpíada Ibero-Americana de Matemática

26 de setembro, 2014

Equipe nacional levou duas medalhas de ouro e duas de prata.

 

Quatro estudantes brasileiros ganharam medalhas de ouro e prata na 29ª Olimpíada Ibero-Americana de Matemática (OIM), que encerra nesta sexta-feira (26), na cidade de San Pedro Sula, Honduras. Murilo Corato Zanarella, de São Paulo (SP), terminou a competição com a primeira colocação na classificação individual ao conquistar o ouro com a pontuação máxima da prova, 42 pontos.

Alessandro de Oliveira Pacanowski, do Rio de Janeiro (RJ), também conquistou o ouro com 38 pontos. Os estudantes Daniel Lima Braga e Ana Karoline Borges Carneiro, ambos de Fortaleza (CE), obtiveram medalhas de prata com 31 e 29 pontos respectivamente. O time brasileiro foi liderado pelos professores Carlos Gustavo Tamm de Araujo Moreira, do Rio de Janeiro (RJ) e Marcelo Tadeu de Sá Oliveira Sales, de São Paulo (SP).

A Taça Porto Rico, troféu outorgado desde 1990 pela delegação de Porto Rico ao país de maior progresso na competição, e que tem como objetivo estimular o desenvolvimento das equipes olímpicas, foi entregue ao México, país que conquistou o primeiro lugar na classificação geral por países com 149 pontos, seguido por Brasil, 140, Espanha, 124, Peru, 122 e Portugal com 107.

O evento contou com a participação de 82 jovens de 22 países ibero-americanos.

Sobre a competição

A Olimpíada Ibero-Americana de Matemática é a competição mais importante da área para os países da região. Trata-se de uma atividade de popularização da ciência, onde os estudantes participantes têm a oportunidade de demonstrar suas aptidões e potencial na disciplina. Além do Brasil, participaram do evento este ano as delegações da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

A competição, cuja finalidade é destacar a importância do estudo da matemática como ferramenta para o avanço técnico científico, consiste em resolver problemas que abrangem as disciplinas de álgebra, teoria dos números, geometria e combinatória.

As provas foram realizadas de forma individual nos dias 23 e 24 de setembro, sendo três problemas a cada dia, com valor de sete pontos cada, aplicados em quatro horas e meia. Durante o evento os participantes tiveram a oportunidade de conhecer aspectos históricos e culturais do país organizador.

O Brasil é o país com maior número de medalhas conquistadas na competição até hoje. Desde 1985, ano em que o país iniciou a participação no evento, seus representantes conquistaram um total de 105 medalhas, sendo 53 de ouro, 41 de prata e 11 de bronze.

Próxima edição

A 30ª edição da OIM terá como sede Porto Rico. Como pré-requisito para participar do evento os competidores precisam ter no máximo 18 anos de idade e não podem ter participado da competição em duas edições anteriores.

Os estudantes interessados em formar parte da equipe verde e amarela devem primeiro participar da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), competição que ocorre anualmente nas escolas públicas e privadas em todo o país. Após ter sido premiado no certame, os estudantes passam por um intenso processo de seleção, que considera a colocação conquistada na disputa nacional, além dos resultados obtidos em cinco provas seletivas e de listas de exercícios que são resolvidas ao longo de seis meses. Os quatro estudantes mais bem colocados, e que satisfazem as exigências do regulamento da olimpíada, conquistam as vagas.

A Olimpíada Brasileira de Matemática, que neste ano reuniu mais de 560 mil participantes, é um projeto conjunto do Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa) e da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), que visa estimular o estudo da matemática, contribuir para a melhoria do ensino no país, identificar e apoiar estudantes com talento para a pesquisa científica e selecionar e preparar as equipes brasileiras que participam das diversas competições internacionais de matemática.

A iniciativa conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis), do Ministério da Educação (MEC) por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCT-Mat).