Foto: Ricardo Stuckert
O Coordenador-Geral da OBM, Carlos Gustavo Moreira e o diretor-adjunto do IMPA, Claudio Landim, receberam, quarta-feira (12), a Ordem Nacional do Mérito Científico. Em solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condecorou 60 cientistas e entidades por suas relevantes contribuições à ciência, tecnologia e inovação.
“Não há como pensar em crescer, em retomar indústria e produzir mais no campo sem ciência. Não há como reduzir a desigualdade sem ciência. A verdade é que o desenvolvimento sustentável e o desenvolvimento científico andam de mãos dadas”, afirmou o presidente Lula.
Homenageado com o grau de comendador, Carlos Gustavo Moreira, o Gugu, agradeceu a honraria e comemorou o apoio do governo à ciência. “Este é um momento de muita alegria para a ciência brasileira com várias notícias importantes reafirmando o apoio estatal à ciência. Para mim, é uma honra receber essa comenda do presidente Lula e da ministra Luciana Santos.”
Claudio Landim foi agraciado com o grau Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. “Para mim é um dia muito feliz porque é raro você ter reconhecimento pelo trabalho que faz em prol da ciência, em prol do Brasil. Como matemático, você passa o ano todo tentando provar teoremas, às vezes deprimido por não encontrar resultados. Tem ainda o trabalho para a OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), é muito investimento, tempo dedicado. É um dia de alegria ter o trabalho reconhecido pelo governo brasileiro”, disse Landim.
Criada em 1993, a Ordem Nacional do Mérito Científico reconhece contribuições científicas e técnicas de personalidades brasileiras e estrangeiras. A indicação é feita por uma comissão formada por nove membros, designados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Academia Brasileira de Ciências e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Entre os pesquisadores agraciados nesta quarta-feira, 23 foram escolhidos em 2021. Mas na época, dois tiveram a homenagem revogada pelo governo do então presidente Jair Bolsonaro: Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda e Adele Benzaken. Em repúdio, os outros 21 cientistas recusaram a honraria.
Na cerimônia, o presidente Lula assinou o decreto que convoca a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O evento marcou ainda a retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), órgão de assessoramento do presidente da República e principal fórum de debate com a comunidade científica, a sociedade e o setor produtivo.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, comemorou a volta do CTC e da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que desde 2010 não é realizada. E nomeou o ex-ministro Sergio Rezende secretário-geral da Conferência, prevista para 2024.
“Neste governo, a ciência não é programa de um Ministério. Integra a agenda de todo o governo como pilar do desenvolvimento em suas múltiplas dimensões: no combate à fome; na nova política de industrialização; no combate ao desmatamento e no desenvolvimento sustentável da Amazônia; na construção de uma arrojada agenda climática; nas políticas de transição energética e transformação digital; e na garantia de uma nação independente e soberana”, afirmou Luciana Santos.
Além de Lula, Luciana Santos e do ex-ministro Sérgio Rezende, compuseram a mesa o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin; a primeira-dama, Janja Lula da Silva; o ex-ministro e presidente da SBPC, Renato Janine; e o diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI CIMATEC, Leone Peter Andrade.
Fonte: Instituto de Matemática Pura e aplicada (IMPA)