Em uma live realizada pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), com o apoio da Associação Olímpica Brasileira de Matemática (AOBM), professores da Comissão Nacional de Olimpíadas de Matemática compartilharam suas visões e experiências sobre a trajetória das competições matemáticas no Brasil. Participaram do encontro Carlos Gustavo Moreira, Gugu, (IMPA), Samuel Feitosa (UFBA), Bruno Holanda (UFG) e Kellem Santos (BCB). O evento abordou a evolução da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), os desafios e as conquistas que marcaram sua história.
O professor Gugu iniciou o encontro com uma perspectiva histórica, destacando os primeiros anos da OBM e seu papel crucial na identificação de talentos matemáticos. Ele ressaltou a importância do apoio do professor Jacob Palis, que em 1998 garantiu o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), possibilitando a expansão da OBM para três níveis de competição. Além disso, Gugu frisou a criação de iniciativas como a Revista Eureka! e a Semana Olímpica, que democratizaram o acesso ao conhecimento e contribuíram para a formação dos jovens olímpicos.
Samuel Feitosa, por sua vez, relatou sua experiência pessoal nas olimpíadas e abordou o impacto do Projeto Polos Olímpicos de Treinamento Intensivo (POTI), que visa ampliar o acesso dos jovens ao treinamento preparatório para competições de matemática. O projeto é realizado em parceria com a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).
O professor Bruno destacou o papel crucial do CNPq no financiamento e na logística para o envio das equipes olímpicas às competições internacionais. Ele também discutiu o trabalho dos coordenadores regionais, que organizam as Olimpíadas Regionais, conectando estudantes de escolas de todo o Brasil às fases mais avançadas da competição.
Kellem Santos apresentou o Torneio Meninas na Matemática (TM²), criado para aumentar a representatividade feminina nas competições matemáticas. Ela explicou que, após a criação do TM², a participação de meninas nas olimpíadas cresceu significativamente. Kellem também destacou o apoio de patrocinadores como Stone e BTG Pactual, além da importância do suporte de famílias e escolas para que os premiados possam participar da Semana Olímpica, um evento transformador que motiva os estudantes a se dedicarem ainda mais aos estudos de matemática.
A Semana Olímpica foi mencionada como um espaço de confraternização e intercâmbio de conhecimento, onde os medalhistas da OBM e do TM² iniciam seus treinamentos internacionais, reforçando uma tradição que continua a inspirar gerações de jovens matemáticos.
Por fim, os professores incentivaram os internautas a continuarem se preparando para a OBM, ressaltando a importância da dedicação e do empenho no desenvolvimento de habilidades matemáticas.
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