O Espaço Olímpico foi uma das sessões temáticas de grande destaque do 35º Colóquio Brasileiro de Matemática, promovido no IMPA nos dias 31 de julho e 1º de agosto, com uma programação dedicada a inspirar jovens talentos, valorizar a cultura das olimpíadas de matemática e celebrar o prazer de pensar. Coordenado por Ana Paula Chaves (UFG) e Rafael Filipe dos Santos (IMPA), o espaço reuniu estudantes, professores e amantes da matemática em torno de desafios instigantes, jogos criativos e palestras envolventes.
No primeiro dia, o público mergulhou em uma tarde intensa de descobertas. Nicolau Saldanha (PUC-Rio) abriu a programação com “Alguns problemas do Desafio”, trazendo ao público questões clássicas do Desafio da PUC-Rio, que desafiaram o raciocínio dos presentes e revelaram a beleza da engenhosidade matemática. Em seguida, Vitória Ferreira (IMPA) apresentou “Polinômios: dos zeros ao infinito”, com uma abordagem acessível e encantadora sobre conceitos algébricos e suas aplicações em problemas olímpicos. Giuliano Zugliani (UNICAMP) conduziu a palestra “OMU – o ‘fazer matemático’ em uma olimpíada”, destacando o caráter formativo e lúdico da OMU, a olimpíada da UNICAMP, e envolvendo a plateia com jogos e atividades interativas que ilustraram como a matemática pode ser divertida e participativa. Para encerrar o dia, Andrés Navas (USACH) apresentou “O problema da abelha e a lagarta”, encantando o público com uma combinação de jogos de ladrilhamento e desafios geométricos, que uniram criatividade e pensamento visual de maneira brilhante.
O segundo dia manteve o alto nível de conteúdo e entusiasmo: Karoline Borges (UFC) abriu a tarde com uma apresentação memorável: “Olimpíadas de Matemática para Meninas e suas Questões”. Ela deleitou o público ao compartilhar problemas marcantes do TM², EGMO e PAGMO, e emocionou ao incentivar alunas e professoras a se engajarem nesse movimento que promove mais inclusão e representatividade feminina no universo das olimpíadas. Na sequência, Gabriel Torkomian (UNICAMP) apresentou “Funções Geratrizes”, explicando essa poderosa ferramenta combinatória e mostrando sua aplicação em dois problemas reais da IMO (Olimpíada Internacional de Matemática), o que deixou claro seu valor prático e teórico. Finalmente Davi Lopes (ICMC-USP) encerrou as apresentações com “Humpty e Dumpty: uma dupla Geonial!”, explorando conceitos geométricos por meio de uma narrativa envolvente e muito divertida.
Os dois dias de atividades proporcionaram um ambiente leve, colaborativo e desafiador. Problemas foram lançados como jogos, e os participantes, entre risadas e concentração, demonstraram que pensar pode, e deve, ser divertido. O Espaço Olímpico mostrou que as olimpíadas de matemática vão muito além da competição: elas são espaços de formação, descoberta, criatividade e, acima de tudo, de paixão pela matemática.